AEDES ZERO: Como administrar sua casa para eliminar o mosquito

Atualmente vivencia-se um momento de aumento significativo dos casos de dengue, chikungunya e o alarmante zika, que vem assombrando vários países no mundo, incluindo o Brasil. Apesar de assustar a população devido à alta morbimortalidade causada por essas doenças, ainda assim, pode-se perceber uma postura passiva da população no combate efetivo ao mosquito vetor dessas enfermidades.
Diante disso se faz necessário haver uma mudança tanto no processo de trabalho das instituições de saúde, e principalmente no comportamento diário das pessoas (GOMES et al., 2015), de forma a administrar melhor seus lares tornando-se co-responsáveis para redução e quem sabe até a eliminação do mosquito.

Ambas as doenças citadas podem ser transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, também transmissor de outras doenças como a febre amarela. Esse mosquito possui características próprias, como: vida média de 45 dias; predileção por picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde; características mais urbanas e domiciliares. Entre a fase de embrião e a fase adulta, o Aedes leva em torno de dez dias e já está pronto para acasalar. A fêmea do mosquito deposita seus ovos em circunstâncias adequadas: lugares quentes, úmidos e próximos à linha da água (HYGEIA, 2008).

Sua proliferação se dá em qualquer lugar que deposite água limpa ou suja, como calhas, tanques, pneus velhos, garrafas abertas, pratinhos de vasos de planta, vasilha de cachorro, sacos de lixo, caixa-d’água, ralos, tampas de garrafas, entre outros.

Diante desse fato sua eliminação tem se tornado ainda mais difícil, e por isso a importância da ajuda da população com a utilização inclusive de medidas simples, e que façam parte da rotina das famílias, eliminando todos os tipos e possíveis logradouros para o desenvolvimento do mosquito.

Dentre as medidas simples pode-se citar as que começam pelo gerenciamento e organização das próprias casas, é preciso: tampar e vedar tanques, bem como poços e caixas-d’água; eliminar lixos e entulhos próximos a residência que possam acumular água; virar garrafas e acondicionar os pneus velhos em locais fechados ou cobertos; lavar locais de armazenamento de água e vasilhas de cachorro periodicamente; preencher vasinhos de planta com areia; limpar calhas; cobrir os ralos da casa com tela, e eliminar todos os possíveis focos do mosquito (HYGEIA, 2008).

Uma abordagem ampla de combate ao Aedes, com uma perspectiva mais horizontal, com o incentivo a colaboração da comunidade torna-se primordial e necessário, por isso é importante que os órgãos de saúde estimulem cada vez mais esse ponto (BRASIL, 2001) e que as pessoas se envolvam mais na luta contra o causador de tantas doenças que assolam as pessoas.

A população precisa se sensibilizar de combater o problema pela base, ou seja, pela erradicação do mosquito. O uso de repelentes, inseticidas ou mesmo somente o tratamento clínico das doenças não interfere de maneira significativa se os focos de proliferação do Aedes permanecem inalterados. O esforço precisa ser diário e inicia-se a partir dos lares, gerenciando e organizando os ambientes domésticos chega-se a prevenção do problema.

Para auxiliar lhes no gerenciamento e organização do ambiente doméstico sugere-se seguir os passos da figura abaixo pelo menos uma vez na semana: 
Fonte: http://combateaedes.saude.gov.br/images/pecas_midia_sociais/panfleto_zika_A4.pdf
Referências:
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Dengue instruções para pessoal de combate ao
vetor: manual de normas técnicas. 3. ed., rev. Brasília: Ministério da Saúde: Fundação
Nacional de Saúde, 2001.

GOMES, K. W. L. et al. Organização do processo de trabalho no manejo da dengue em uma capital do Nordeste. Rio de Janeiro, Saúde Debate, v. 39, n. 105, p.561-9, 2015.

SILVA, J. S.; MARIANO, Z. F.; SCOPEL, I. A dengue no Brasil e as políticas de combate ao Aedes aegypti: da Tentativa de erradicação ás políticas de controle. Hygeia, v. 3, n. 6, p. 163-75, 2008.

Texto elaborado pelo Acadêmico de Enfermagem Mike Douglas e pela Professora Ma. Fabiana Ferraz.

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