O desenvolvimento da inteligência emocional na infância

A atenção voltada para o conhecimento a respeito das emoções e suas decorrências no indivíduo inquietou muitos estudiosos desde os tempos da Grécia Antiga. Ao se tratar dessas emoções na fase da infância, Piaget afirma que as crianças retratam de modo característico e específico esses sentimentos no meio em que estão inseridas.
(FONTE: http://e-motioncards.com.au/wp-content/uploads/2015/10/power-of-emotions.jpg)

A exteriorização emocional demonstra as habilidades das crianças em lidar com suas relações com os indivíduos e objetos a sua volta. Essa distribuição afetiva possibilita à criança a formação de novas amizades e concede a ela uma maior receptividade em determinados grupos (DENHAM, et al., 1990).

Experiências nos primeiros anos de vida, relacionados a condições genéticas desempenham significativa interferência em padrões nas fases de maturação do sujeito. Na infância e juventude verificam-se transformações no funcionamento de diversas regiões do cérebro como componentes desse sistema de amadurecimento do ser. Independentemente do número de apurações e descobertas a respeito das consequências negativas da irritabilidade e perturbação mental e física nessa fase inicial, milhares de crianças são incluídas em relatos de maus-tratos, abandono, agressão e entre outros fatores que afetam, diretamente, o progresso cognitivo das mesmas (OLIVEIRA, et al., 2010).

Alves (2006) declara que a criança é o promotora primordial da comunicação social e esta promoção submete-se ao seu crescimento intelectual e, principalmente, emocional. A forma como ela lê e assimila as práticas sociais, especificamente as personificações de atuação e conduta pública, depende dessa aptidão emocional das mesmas. Alguns dentre os mais variados números de programas que viabilizam a educação sócio-emocional integram alguns propósitos divididos em cinco categorias, sendo estas: 1) autoconsciência emocional: obter um consentimento próprio das singularidades emocionais; 2) regulação emocional: aprimorar competências para a administração das próprias emoções; 3) regulação comportamental: melhorias nas eficiências comportamentais; 4) empatia: aceitação de um ponto de vista que difere o seu; 5) competência emocional: elucidações de problemas (BISQUERRA, 2008).

À vista disso, as crianças têm a necessidade de fortalecer sentimentos e convicções em vínculos com o contexto social, uma vez que nesses processos é primordial realizar ações e intervenções educativas, possibilitando a essas crianças o entendimento das emoções e de como lidar com elas no contexto em que estão inseridas.

Referências:
ALVES, D. O emocional e o social na idade escolar. Uma abordagem dos preditores da aceitação pelos pares, 2006 (Tese de Mestrado). Universidade do Porto – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. Recuperado de http://hdl.handle.net/10216/19962
BISQUERRA ALZINA, Rafael. Educación emocional y bienestar. Universidad de Barcelona, 2008.

DENHAM, Susanne A. et al. Emotional and behavioral predictors of preschool peer ratings. Child development, v. 61, n. 4, p. 1145-1152, 1990.

OLIVEIRA, Paula Approbato de; SCIVOLETTO, Sandra; CUNHA, Paulo Jannuzzi. Estudos neuropsicológicos e de neuroimagem associados ao estresse emocional na infância e adolescência. Rev. psiquiatr. clín.,  São Paulo ,  v. 37, n. 6, p. 271-279,    2010 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832010000600004&lng=en&nrm=iso>. access on  13  Nov.  2018.  http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832010000600004.

PEREIRA, Carla et al . Conhecer as emoções: a aplicação e avaliação de um programa de intervenção. Estud. psicol. (Natal),  Natal ,  v. 19, n. 2, p. 102-109,  June  2014 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2014000200002&lng=en&nrm=iso>. access on  13  Nov.  2018.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2014000200002.

RODRIGUES, Isabel. Do jardim de infância à escola: estudo longitudinal duma coorte de alunos. Revista interacções, p. 7 p.-24p., 2005.

Texto elaborado pelo Acadêmico de Enfermagem Alexandre Tiago e pela professora Dra. Silvia Carla Conceição Massagli.

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