A importância da liderança no trabalho em saúde

Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) tenha tido um grande avanço nas politicas publicas de saúde, ainda há desafios para firmá-lo como um sistema efetivo e que possa promover ações de saúde de forma abrangente. As instituições de saúde, como as demais instituições do país, por conta das mudanças e instabilidades no âmbito político, económico e social, colocam cada vez mais as unidades em crises e assim acabam trazendo consequências sérias para a qualidade dos serviços prestados.
Logo, em decorrência das diversas mudanças que estão acontecendo, emerge a necessidade de desenvolver competências específicas dos profissionais da saúde, como a liderança, para a viabilização de ações mais eficientes e eficazes.

A lideran­ça é considerada como instrumento essencial à prática profissional do trabalhador da saúde sendo definida como ação de influenciar sujeitos, ligada a um processo de equipe que possui um objetivo a ser alcançado (STRAPASSON; MEDEIROS, 2009).

A liderança pode ser uma excelente estratégia para a promoção de um ambiente institucional “saudável”, bem como o desencadeador de conflitos. A liderança exercida depende de elementos diversos, como personalidade, cultura organização e a filosofia institucional.

Destaca-se como principais tipos de liderança a democrática, permissiva, autocrática e situacional. No estilo democrático há maior participação dos liderados, há negociação e a tomada de decisão é compartilhada. Na permissiva o líder é encarado como “colega”, há permissividade absoluta e transferência para o grupo o processo de tomada de decisão. Na autocrática o líder é visto como “chefe”, não há negociação, a tomada de decisão é “vertical” e de forma autoritário. Na situacional representa que o líder vai agir conforme as necessidades do próprio grupo, utilizando elementos diversos de liderança de acordo com a situação.

Logo, acredita-se que a liderança é uma estratégia que poderá auxiliar na superação de condutas fragmentadas e engessadas vivenciadas nos distintos cenários da saúde, mediante a fomentação de novas propostas de atuação fundamentadas no diálogo, o que tende a repercutir de forma positiva na qualidade nas ações desenvolvidas (AMESTOY et al. 2012).

Referências
AMESTOY, S. C. et al. Produção científica sobre liderança no contexto da enfermagem. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 46, n. 1, Fev. 2012.

STRAPASSON, M. R.; MEDEIROS, C. R. G. Liderança transformacional na enfermagem. Rev. bras. enferm.,  Brasília,  v. 62, n. 2, Abr. 2009.

Texto elaborado pela Acadêmica de Enfermagem Ana Cláudia Martins e pelo Professor Me. Marcelo Costa

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