O Cuidador de Idosos Longevos
Quarta
idade é o termo utilizado para definir o idoso muito
idoso, ou seja, que possui mais de 80 anos. De acordo com dados do IBGE (2009)
estima-se que em 2025 o país portará 32 milhões de habitantes com mais de 60
anos, 8,1 % estará entre 60 e 69 anos, 5,7% com 70 anos ou mais. A evolução do
envelhecimento populacional apoia-se nas transformações políticas,
socioeconômicas e epidemiológicas que ocorrem na sociedade ao longo dos anos, que
de forma acelerada vem permitindo maior longevidade (PORCIÚNCULA et al., 2014).
Sabe-se que o envelhecimento é um estado de alterações biológica, cultural e social, impulsionado pela forma de envelhecer e estado de velhice, sendo a longevidade, determinada principalmente pelo estilo de vida praticado no que diz respeito à busca pelo envelhecimento ativo e saudável, característica crescente nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, que demanda políticas de saúde e estratégias de ação para que essa fase da vida ocorra sem dependência e/ou limitação (CALDAS, 2008; CRUZ, FERREIRA, 2011).
(FONTE: http://loremagia.blogspot.com.br) |
Sabe-se que o envelhecimento é um estado de alterações biológica, cultural e social, impulsionado pela forma de envelhecer e estado de velhice, sendo a longevidade, determinada principalmente pelo estilo de vida praticado no que diz respeito à busca pelo envelhecimento ativo e saudável, característica crescente nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, que demanda políticas de saúde e estratégias de ação para que essa fase da vida ocorra sem dependência e/ou limitação (CALDAS, 2008; CRUZ, FERREIRA, 2011).
A
dependência dos idosos longevos existe em decorrência de suas limitações
funcionais, podendo a presença de incapacidades e morbidades ser maior do que
em qualquer outro grupo, requerendo cuidados permanentes e prolongados, os
quais não são prestados, ou são inadequadamente, pelos serviços de saúde, o que
acaba sobrecarregando o cuidador familiar (GONÇALVES, 2013).
As
políticas voltadas para o idoso defendem o seu lar como melhor lugar para viver
o envelhecimento, visando a manutenção de sua autonomia, dignidade e
identidade. Porém, ainda falta apoio dos serviços de saúde e sociais para
promoverem o autocuidado dos cuidadores de idosos, o que por sua vez, se torna
uma ameaça a qualidade de vida dos cuidadores e dos idosos culminando em um
desequilíbrio para a saúde de toda família. (POLARO et al., 2013.
O
cuidador familiar desempenha papel crucial para a manutenção da saúde e
bem-estar desses indivíduos, possibilitando-lhes a manutenção da autonomia,
integração e participação social. Para isso, tendem a dedicar-se quase que
integralmente aos cuidados prestados ao idoso.
Na
grande maioria, o papel de cuidador é desenvolvido por mulheres, que dividem
essa função com os cuidados domésticos, dos filhos e marido, abandonando muitas
vezes o próprio emprego para prestar esses cuidados, implicando em restrições
de sua própria vida, que culmina na utilização da aposentadoria do idoso como
fonte de renda para toda a família, afastando-lhe dos cuidados com sua saúde,
comprometendo seu bem estar e qualidade de vida.
Essa
situação resulta das responsabilidades do cuidador e mudanças em sua vida profissional
e social, associado a maior priorização às necessidades da pessoa idosa e falta
de conhecimento e informação dos problemas vivenciados pelos idosos e do próprio
ato de cuidar e lidar com esses problemas (COSTA et al., 2015).
Desta
forma, emerge a necessidade do cuidar da saúde física e mental dos cuidadores,
preparando-lhes para o enfrentamento da mudança na rotina de vida,
fortalecendo-os e encorajando-os por meio de ações educativas que estimule a
participação em grupos de cuidadores de idosos e o lazer.
Referências
CALDAS,
C. P. Quarta idade: a nova fronteira da gerontologia. In: NETO, M. P. Tratado de Gerontologia. São Paulo,
Atheneu, 2007. p. 163-173.
COSTA, T.F. et
al. Sobrecarga de cuidadores familiares de idosos com acidente vascular
encefálico. In: Escola Anna Nery Revista
de Enfermagem. Rio de Janeiro, vol. 19, n. 2, pp. 350-355. 2015.
CRUZ, S.;
FERREIRA, M. Um certo jeito de ser velho: representações
sociais da velhice por familiares de idosos. Texto contexto – enferm. Florianópolis, vol.20, n.1,
pp.144-151. 2011.
GONCALVES, L. et
al. Convívio e cuidado familiar na quarta idade:
qualidade de vida de idosos e seus cuidadores. Rev. bras. geriatr. gerontol. Rio
de Janeiro, vol.16, n.2, pp.315-325. 2013.
IBGE. Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico. Rio de Janeiro: IBGE,
2009.
POLARO, S. et
al. Dinâmica da família no contexto dos cuidados a
adultos na quarta idade. Rev. bras. enferm. Brasília, vol.66, n.2, pp.228-233. 2013.
PORCIUNCULA, R. et al. Perfil
socioepidemiológico e autonomia de longevos em Recife-PE, Nordeste do Brasil. Rev.
bras. geriatr. gerontol. Rio de Janeiro, vol.17, n.2, pp.315-325.
2014.
Texto elaborado pela Acadêmica de Enfermagem Rayara Ribeiro e pela Professora Me. Fabiana Ferraz.
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