Vacinação em Idosos: Uma meta a alcançar

Com o envelhecimento humano, o corpo sofre transformações em órgãos e sistemas, que podem aumentar a vulnerabilidade da pessoa idosa às doenças virais e bacterianas, ampliando a relevância da imunização.
(FONTE: clinicaqualivida.com.br/2015/04/17/a-campanha-de-vacinacao-contra-gripe-do-idoso-comeca-no-dia-23-de-abril-informe-se-sobre-a-gripe-e-a-vacina-que-a-previne/).
Com o declínio nas funções orgânicas e mecanismos de defesa, o risco de adoecer e morrer nos idosos é maior, fato, que impulsionou o governo a enfatizar a imunização, instituindo o calendário de vacinação pela portaria de nº 1.602/06 que visa o controle e a erradicação das doenças imunopreveníveis, disponibilizando gratuitamente na Rede de Atenção à Saúde as vacinas contra Difteria e Tétano (dT), Influenza, Pneumocócica 23-valente e Febre Amarela (FA) (BRASIL, 2010).

A vacinação é um procedimento recomendado pela Organização Mundial de Saúde, beneficiando pessoas saudáveis e susceptíveis a episódios gripais, como os idosos. Para que alcance a totalidade dessa população, o governo realiza campanhas de divulgação nos meios de comunicações e propaga a concretização de intervenções de educação em saúde, pois ainda é visível a não adesão dos idosos as práticas de vacinação.

A maioria dos idosos que possuem baixa renda e escolaridade apresenta uma condição negativa para adesão à imunização, afetando a compreensão quanto aos benefícios vacinais (OLIVEIRA; et al, 2016), além do estigma, formado na década de 80, com a revolta da vacina, responsável pelo medo atual de que a vacinação associa-se a mais riscos e danos do que proteção, não apresenta eficácia e causa reações letais.

Apesar da prevalência de vacinação estar abaixo do proposto pelo Ministério da Saúde, observa-se um declínio na mortalidade de idosos causados por gripes e pneumonias, emergindo benefícios da imunização vacinal (ANTUNES, 2015).

Esses novos dados fazem-nos refletir que ainda é necessário avançar, reforçando esforços para o aumento da cobertura de campanhas educativas, atendimentos em grupo e/ou individuais.

Assim, é fundamental que os profissionais da Estratégia de Saúde da Família enquanto porta de entrada na Rede de Atenção à Saúde, detenham um olhar e ação que possibilite desmistificar o medo que rodeia a vacinação, ampliando ações de combate às informações erradas, reforçando sua importância para o indivíduo e comunidade.

Referências:
ANTUNES, J. L. F. Intervenções em Saúde Pública e seu Impacto nas Desigualdades Sociais em Saúde. Tempo social, revista de sociologia da USP, São Paulo, v. 27, n. 1, 2015.

Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Informe técnico – Campanha Nacional de Vacinação do Idoso. Brasília, 2010.

OLIVEIRA, L. P; et al. Perfil e Situação Vacinal de Idosos em Unidade de Estratégia Saúde da Família. Rev. Pesq. Saúde, v. 17, n. 1, pág. 23 – 26, 2016.

Texto elaborado pela Acadêmica de Enfermagem Sara Samirys Santana e pela Professora Me. Fabiana Ferraz.

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