Doença de Parkinson: Realidade entre pessoas Idosas

Apesar de o envelhecimento ser considerado algo natural do ser humano e deva ser celebrado pelas pessoas que podem desfrutá-lo, é também um momento de preocupação devido ao surgimento das patologias provenientes do processo de senescência que está frequentemente ligado ao desenvolvimento de doenças crônicas, trazendo prejuízos significativos na qualidade de vida do idoso, aumentando os riscos de dependências físicas e emocionais.
(FONTE:lapatria.com/sites/default/files/styles/620x/public/fotosencontenido/2013/Abr/parkinson.jpg).
Entre essas patologias crônicas temos a Doença de Parkinson (DP) que é neurodegenerativa e é a segunda causa mais prevalente entre os idosos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de quatro milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de Parkinson. Estimativas da Associação Brasil Parkinson (ABP) cerca de 200 mil pessoas brasileiras são acometidas e que, ano a ano, vinte novos casos serão diagnosticados para cada 100.000 pessoas, independente do sexo. Preferencialmente, acomete pessoas com idade superior a 50 anos, porém com o avançar da idade a prevalência tende a aumentar. Aos 60 anos alcança 1% subindo para 4% na população com idade superior há 80 anos. De etiologia desconhecida, estudos apontam fatores genéticos, anormalidade mitocondriais, estresse oxidativo e toxinas ambientas como os principais fatores de risco (BAPTISTA, 2015).

Os indivíduos afetados pela DP têm um comprometimento multidimensional apresentando sintomas motores como bradcinesia, tremor, instabilidade postural e rigidez, incluindo também sintomas não-motores que são distúrbios do sono, alteração no sistema sensorial e autonômico e manifestações neuropsiquiátricas (WU et al., 2014).

A evolução da doença, aumenta as limitações do indivíduo desencadeando dificuldades para realização das atividades diárias, tornando-os mais dependentes. Segundo Scalzo, et al (2012) devido essas dificuldades, os indivíduos podem ser afetados emocionalmente influenciando negativamente na percepção da sua qualidade de vida, contribuindo com o abandono de atividades que anteriormente lhes proporcionava prazer e bem-estar, resultando em isolamento social.

Um dos responsáveis por manter o idoso ativo é o cuidador, que na maior parte é também familiar, a este compete estimulação e motivação da independência para que o idoso consiga enfrentar de forma positiva as dificuldades impostas pela doença, sendo fundamental compreensão acerca do assunto e suas incapacidades, riscos de quedas, capacidade funcional, estado cognitivo e melhores possibilidades de estímulo à independência de forma a contribuir com a qualidade vida do idoso com a DP.

Referências
ANJOS, K. F; BOERY, R. N; PEREIRA, R. Qualidade de vida de cuidadores familiares de idosos dependentes no domicílio. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 23, n. 3, p. 600-608, 2014.

BAPTISTA, R. Condições de saúde dos idosos com doença de Parkinson. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina. Área de concentração: Filosofia, Cuidado em Saúde e Enfermagem. 2015. p. 119.

SCALZO, P. L; et al. Impact of changes in balance and walking capacity on the quality of life in patients with Parkinson’s disease. Arq. Neuropsiquiatr., São Paulo, v. 70, n. 2, p. 119-124, 2012.

WU, Y; et al. Determinants of the quality of life in Parkinson’s disease: results of a cohort study from Southwest China. J. Neurol. Sci., Amsterdam, v. 340, n. 1-2, p. 144-149, 2014.

Texto elaborado pela Acadêmica de Enfermagem Sara Samirys Santana e pela Professora Me. Fabiana Ferraz.

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