Educação gerontológica: perspectivas para a construção de um envelhecimento ativo
O envelhecimento humano
é um processo natural, com diminuição progressiva da capacidade funcional dos
indivíduos - a senescência -, fase peculiar de vida que não se caracteriza como
patológica. Contudo, condições de sobrecarga, como doenças, acidentes e
estresse emocional, e também condições sociossanitárias desfavoráveis, podem
acarretar estado patológico - a senilidade - demandando cuidados complexos de
vida e saúde.
(FONTE: http://mundoengenharia.com.br/wp-content/uploads/2017/09/Idosos-estudando.jpg) |
Frente esse processo, as
possibilidades de sobrevirem limitações podem ser evitadas ou retardadas se
profissionais e sociedade em geral trabalharem em conjunto, buscando
estratégias para um viver mais saudável, com a incorporação de atitudes e
comportamentos favoráveis à qualidade de vida (BRASIL, 2006). Portanto,
atrelado às necessidades de cuidado com a saúde e o corpo, que garantam e
mantenha a qualidade de vida, tornou-se importante pensar em questões como
educação voltada à pessoa idosa que proporcione um envelhecimento ativo e
saudável.
A educação para a vida
torna-se essencial à humanidade, por seu objetivo de transmitir conhecimentos
sobre a diversidade da espécie humana, tornando evidentes as semelhanças e
interdependência entre os seres humanos. Argumentação e diálogo são
instrumentos primordiais para a convivência harmoniosa neste século,
incentivando a cultura da paz. Discriminações, rivalidades, preconceitos e
conflitos certamente haverão de se dissipar se projetos de educação permanente
bem conduzidos buscarem incessantemente cooperação, compreensão, ajuda mútua,
respeito e amizade (COSTA et al., 2016).
Ao focalizar esse aspecto, tem-se em
mente que educação é um direito que deve fazer parte de todas as fases da vida,
tornando-se fundamental o desenvolvimento de projetos educacionais, pesquisas e
profissionais atuantes nos diferentes campos de interesse dentro da
gerontologia, capazes de garantir a educação permanente (SILVEIRA; PASQUALOTTI;
COLUSSI, 2012).
Ainda de acordo com os autores
supracitados, dentro desse contexto de educação, cresce a importância da
chamada “educação gerontológica”, pois cabe a ela estudar e propor práticas de
educação para idosos, além da formação de profissionais especialistas em
envelhecimento humano, que pode fornecer subsídios para práticas e intervenções
adequadas junto à população idosa. Logo, a educação gerontológica, precisa
acontecer na perspectiva de envolver toda sociedade, buscando superar mitos e
preconceitos no convívio entre as várias idades da vida.
Diante do contexto apresentado,
considera-se importante que a educação gerontológica seja desenvolvida de forma
que o idoso evite o isolamento e tenha um envelhecimento ativo em sociedade,
que novas políticas públicas surjam para melhorar a qualidade de vida dessa
população e que cada vez mais novos cursos e universidades sejam criados para
essa população que cresce aceleradamente.
Embora a temática não seja recente,
muitos são os desafios que ainda se encontram dentro do contexto da educação
gerontológica. Dessa forma, é elementar a efetivação da ideia de um
levantamento que possibilite a formação de um quadro geral a respeito do que se
tem estudado acerca desta temática, e como a construção das políticas públicas
podem interferir na concretização desse fator social que favoreça a inclusão da
pessoa idosa e ao envelhecimento ativo.
Referências
BRASIL.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Envelhecimento e saúde da
pessoa idosa. Saúde da família. Cadernos da Atenção Básica [Internet].
Brasília; 2006.
COSTA,
E. O; BIFANO, A. C.S. Idosos e tecnologias: uma pesquisa bibliográfica. Estud. interdiscipl. envelhec., Porto
Alegre, v. 22, n. 2, p. 113-131, 2017.
SILVEIRA,
M.M; PASQUALOTTI, A; COLUSSI, E. L. Educação gerontológica, envelhecimento humano
e tecnologias educacionais: reflexões sobre velhice ativa. Estud. interdiscipl. envelhec., Porto Alegre, v. 17, n. 2, p.
387-398, 2012.
Texto elaborado pela Enfermeira Marília Moreira e pela Professora Dra. Fabiana Ferraz.
Texto elaborado pela Enfermeira Marília Moreira e pela Professora Dra. Fabiana Ferraz.
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