Violência na Terceira Idade

Violência contra a pessoa idosa é compreendida como abuso físico, sexual, financeiro, psicológico, abandono, negligência e autonegligência. São ações cometidas uma única vez ou várias vezes, que acabam prejudicando a sua integridade física e/ou psicológica, impedindo-os de desenvolver o seu papel perante a sociedade (ALENCAR; SANTOS; HINO, 2013).
(FONTE: idosofeliz.com.br/wp-content/uploads/2015/06/violencia-idoso-2-800x420.jpg)
Com o envelhecimento as pessoas idosas podem ficar mais vulneráveis a violência doméstica e outros tipos de agressões, pois a medida que se encontram mais dependentes precisam de maiores cuidados devido a disfunções físicas, mentais ou emocionais ampliando as necessidades de cuidado e assim sobrecarga de cuidadores, familiares ou não, colaborando para o tratamento de pessoas idosas com violência e prejuízo de sua integridade (BRASIL, 2013).

Essas formas de tratamento irão se apresentar de diversos tipos, sendo a violência doméstica a mais frequente caracterizada por agressões físicas, psicológicas, maus tratos e insultos, acompanhada da violência social, sexual e financeira. Para Magalhães (2008) o abandono em instituições de longa permanência pode ser considerado uma violência social, já que priva a pessoa idosa do convívio familiar e social.

Essas agressões encontram-se ocultadas, não sendo reveladas pela própria vítima por vários motivos como constrangimento da situação, medo de punições, receio de ser internado em instituições de longa permanência, ou por desconhecer a violência sofrida ou ainda temer os agressores, que na maior parte das vezes são pessoas próximas aos idosos, como os próprios filhos, netos, companheiros, cuidadores ou outros membros familiares (ARAÚJO; AMARAL; SÁ, 2014).

Desta forma, muito ainda precisa ser realizado para minimizar ou até mesmo cessar esses tipos de violência, sendo fundamental a ampliação de discussões sobre esse tema entre os órgãos representativos e a sociedade, bem como a inserção dessas discussões nos cursos de qualificação de cuidador profissional e familiar da pessoa idosa, para que haja maior conhecimento dessa problemática e um futuro capaz de incorporar esses aprendizados na prática diária do cuidado a pessoa idosa.

Associado a isso, faz-se necessário a construção e fortalecimento de uma rede de proteção a pessoa idosa, que receba denúncias de agressões, direcione a assistência as vítimas e sensibilize a busca por ajuda profissional na vivência dessa realidade (ALENCAR; SANTOS; HINO, 2013), possibilitando um envelhecimento vivenciado em sua plenitude distante de qualquer tipo de violência.

Referências:
ALENCAR, K. C. A; SANTOS, J. O; HINO, P. Vivência de situações de violência contra idosos. Rev. de Enfermagem e Atenção à Saúde, São Paulo, v.3, n.1, pág. 74 - 83, 2014.

ARAÚJO, L. F; AMARAL, E. B; SÁ, E. C. N. Análise semântica da violência na velhice sob a perspectiva de estudantes de ensino médio. Rev. Kairós Gerontologia, São Paulo, v. 17, n. 2, pág. 105 – 120, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para a prática em serviço. Brasília, 2001.

MAGALHÃES, M.C.F.L. Violência, Conceitos e Expressões atuais contra o idoso. Trabalho de Monografia não publicado. Universidade Federal do Piauí. Graduação em Serviço Social, 2008.

Texto elaborado pela Acadêmica de Enfermagem Sara Samirys Santana e pela Professora Ma. Fabiana Ferraz.

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