Academia da Saúde: uma estratégia de promoção da saúde e prática para vida saudável

O conceito de promoção da saúde está em constante formação e edifica-se a partir das críticas feitas às condições de vida da população e como elas influenciam na saúde e na qualidade de vida dos indivíduos.  Diante disso, o Ministério da Saúde (MS) por meio da Portaria Nº 719/GM/MS, de 07 de abril de 2011 institui o Programa Academia da Saúde, redefinindo o mesmo a partir da Portaria Nº 2681/GM/MS de 08 de novembro de 2013, integrando o Programa ao Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2013).
(FONTE: jornalvozdooeste.com.br/arquivos/2014/08/academia-da-saude.jpg)
 Segundo Radis (2011), esse Programa é uma estratégia voltada à promoção da saúde e à prevenção de doenças crônicas. Ocupa-se também em promover a cultura local e os hábitos saudáveis. É através do Programa Academia da Saúde que há incentivo financeiro para a criação de polos com infraestrutura, equipamento e pessoal qualificado para orientação de atividades física e de lazer. Esses polos são espaços disponíveis à realização de atividades individuais (equipamentos para alongamento, abdominal e flexão) e coletivas (ginástica, capoeira, dança, jogos esportivos, yoga e tai chi chuan, entre outras). Além de uma área de convivência, com mesas de jogos (dominó, baralho, dama, xadrez). Os espaços são destinados, além das atividades físicas, para o desenvolvimento de atividades culturais e incentivo a interação entre as pessoas.

Portanto, o Programa Academia da Saúde merece destaque, pois é um projeto da Atenção Básica com o potencial de melhorar as ações voltadas à promoção da saúde nas comunidades. De acordo com SÁ et al. (2016), o Programa atua como uma nova porta de entrada, produzindo ações articuladas com os demais serviços da rede de atenção, favorecendo uma maior integralidade nos projetos terapêuticos e facilitando o estabelecimento de vínculos e corresponsabilização entre a comunidade local e os serviços, além das novas possibilidades de encontros e aproximações com os usuários. Destaca-se a sua maior resolubilidade ao comprometer-se com a articulação intersetorial, buscando a integralidade no cuidado dos usuários do SUS.

Para que as ações propostas pelos profissionais atuantes no Programa sejam bem sucedidas, faz-se necessário um planejamento e organização dessas ações junto às equipes multiprofissionais da Atenção Básica AB, além da articulação com a rede de serviços de saúde favorecendo as condições de saúde dos usuários. As atividades são desenvolvidas nos polos por esses profissionais e são potencializadas por aqueles atuantes no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e da Estratégia de Saúde da Família (ESF). (BRASIL, 2011)

É fundamental que haja a participação da população e de todos os envolvidos à implementação do Programa. Devendo haver assim uma sensibilização dos sujeitos envolvidos e a formação de um grupo destinado à realização das atividades, o qual contribuirá na confecção de identidade e na relação com o contexto no qual o Programa Academia da Saúde está inserido.

Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 719, de 7 de abril de 2011. Institui o Programa Academia da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União. 2011. 

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2681, de 7 de novembro de 2013. Redefine o Programa Academia da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União. 2013.

RADIS: Comunicação em saúde. Academias da Saúde Pública: Programa do SUS leva prática de atividades físicas praças e parques, ocupando espaço dominado pela iniciativa privada. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, set. 2011.

SÁ, Gisele Balbino Araújo Rodrigues de; et al. O Programa Academia da Saúde como estratégia de promoção da saúde e modos de vida saudáveis: cenário nacional de implementação. Ciênc. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, vol.21, n.6, pp.1849-1860, jun. 2016.

Texto elaborado pela Acadêmica de Enfermagem Fabrícia Vidal e pelo Professor Dr. Marcelo Costa.

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