Cuidados ao Portador da Síndrome do “Pé Diabético”
O pâncreas é o órgão responsável por produzir
a insulina, hormônio que está relacionado ao controle da glicose nos vasos
sanguíneos. A alteração na secreção desse hormônio resulta em uma patologia
denominada, Diabetes Mellitus que se não controlada adequadamente, evolui
para algumas complicações que põe a vida do portador em risco, como perda da
visão, amputação não-traumática dos membros inferiores, infarto agudo do
miocárdio, acidente vascular encefálico, entre outras alterações. É
ocasionada por duas situações diferentes: quando o pâncreas produz pouca ou
nenhuma insulina, conhecido como diabetes tipo I e quando as células são
resistentes à ação da insulina, nomeando Diabetes Tipo II.
Dentre as complicações decorrentes de Diabetes, destaca-se a síndrome do pé diabético como a mais comum entre os portadores. Ela ocorre quando a circulação naquele membro é insuficiente e necessita de um cuidado constante com o propósito de diminuir a formação de úlceras e possíveis amputações dos membros inferiores. A equipe de saúde tem um papel fundamental na orientação de medidas preventivas e na educação do autocuidado dos portadores.
Dentre as complicações decorrentes de Diabetes, destaca-se a síndrome do pé diabético como a mais comum entre os portadores. Ela ocorre quando a circulação naquele membro é insuficiente e necessita de um cuidado constante com o propósito de diminuir a formação de úlceras e possíveis amputações dos membros inferiores. A equipe de saúde tem um papel fundamental na orientação de medidas preventivas e na educação do autocuidado dos portadores.
A educação tem como objetivo principal
sensibilizar as atitudes desses atores sociais, reduzindo o risco de ferimento,
úlcera e infecção. Acredita-se, porém, que a idade, a acuidade visual,
obesidade, mobilidade limitada e problemas cognitivos devam interferir nas
habilidades de autocuidado adequado com os pés, mesmo não se considerando as
condições socio-econômicas que, em suma, determinam o estilo e qualidade de
vida dessa população (OCHOA-VIGO; PACE, 2005).
A responsabilidade em identificar e
acompanhar os fatores desencadeantes para o pé diabético deve ser reconhecido
pelo profissional da saúde; um exemplo eficaz de ação em prevenção é a
avaliação podológica, que implica no exame dermatológico, sendo um ato
importante para a identificação de sinais e sintomas em nível de vascularização,
estrutura e sensibilidade do pé, situação da higiene e tipo de calçado
utilizado (TEIXEIRA et al., 2011).
O profissional da saúde deve ainda cumprir o
papel de educador, sendo fundamental o acompanhamento efetivo ao cliente
diabético, promoção de grupos de apoio, além das orientações necessárias quanto
ao controle da glicemia, enfatizando a importância da adesão a hábitos de vida
mais saudáveis. É importante a negociação de um plano de cuidado com o cliente,
planejando intervenções direcionadas, devendo oferecer apoio educativo para o
cuidado com os pés de acordo com as necessidades individuais e o risco de ulcerações
e amputações (MELO; TELES; TELES, 2011).
Assim, devem ser realizadas consultas
regulares, enfatizando o exame do pé diabético, observando os fatores de risco,
sinais de doença arterial periférica, alterações na pele, uso de calçados
inadequados, presença de edema nos membros inferiores, alterações na perfusão
periférica, sinais de isquemia e neuropatia (MELO; TELES; TELES, 2011).
Logo, é imprescindível compartilhar
responsabilidades com o sujeito que possui Diabetes no intuito que o mesmo
possa ser protagonista do seu processo saúde, doença e cuidado, buscando,
assim, o autocuidado e consequentemente a prevenção de complicações, como o
surgimento de lesões e até a o indicativo de amputação nos casos mais extremos.
Essa prevenção pode ocorrer pela adoção de ações simples como: inspeção diária
dos pés, incluindo áreas entre os dedos; lavar regularmente os pés, secando os cuidadosamente,
especialmente entre os dedos; evitar caminhar descalço dentro ou fora de casa; calçar
sapatos com meias de preferência brancas; evitar cruzar as pernas quando
estiver sentado, pois dificulta a circulação do sangue nos membros e manter os
pés elevados quando estiver sentado, pelo menos 15 minutos a cada uma hora,
além da avaliação clínica por um profissional da saúde periodicamente.
Referências
CUBAS, M. R; SANTOS, O. M;
RETZLAFF, E. M; TELMA, H. L. C; ANDRADE, I. P. S; MOSES, A. D. L; ERZINGER, A.
R. Pé diabético: orientações e conhecimento sobre cuidados preventivos. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 26, n. 3, p. 647-655, jul./set. 2013 Acesso: 10 de
Maio de 2015.
SILVA, J. P; PIRES, N. R. D; SILVA, C. I;
MORAES, M. U. B; NETO, W. B. O cuidado
de enfermagem ao portador do pé diabético: revisão integrativa da literatura. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas
e da Saúde Facipe, Recife, v.
1, n.2, p. 59-69, nov. 2013 Acesso: 10 de Maio de 2015.
DANTAS, D. V; COSTA, J. L; DANTAS, R. A. N;
TORRES, G. V. Atuação do enfermeiro na
prevenção do pé diabético e suas complicações: revisão de literatura. Carpe Diem: Revista Cultura e Científica do
UNIFACEX. V. 11, n. 11, 2013.
Acesso: 13 de Maio de 2015.
Texto elaborado pela Acadêmica de Enfermagem Marília Torres e pelo Professor Me. Marcelo Costa
Texto elaborado pela Acadêmica de Enfermagem Marília Torres e pelo Professor Me. Marcelo Costa
Ótimo texto.. Parabéns!
ResponderExcluirAmei a temática abordada. Só uma curiosidade: por que preferencialmente meia branca?
ResponderExcluirLetícia é para facilitar a identificação caso aconteça alguma lesão. Pacientes com esse tipo de doença pode desenvolver a neuropatia diabética e consequentemente a diminuição da sensibilidade.
ResponderExcluirAh, entendo. Obrigada pelo esclarecimento!
Excluir