Envelhecimento Ativo e Saudável

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adota como envelhecimento ativo e saudável uma experiência positiva de vida longa e oportunidades contínuas de saúde, participação social e segurança. Nunca se viu na história, uma expectativa de vida tão alta como agora, podendo ultrapassar os 60 anos ou mais, implicando numa busca elevada aos serviços prestados a pessoa idosa, além de maior atenção a métodos que melhorem a qualidade de vida desse público, o que antes era uma preocupação escassa ou inexistente (RELATÓRIO MUNDIAL DE ENVELHECIMENTO E SAÚDE, 2015).
(http://fs.unb.br/)
A melhoria da qualidade de vida associa-se ao o envelhecimento ativo e saudável, cujas prioridades compreendem o excelente funcionamento mental e físico, a participação ativa com a vida, o baixo risco de doenças e incapacidades funcionais relacionadas às doenças, perpassando o contexto do planejamento das ações de educação em saúde, a fim de favorecer essas prioridades por meio da construção de espaços, onde, o indivíduo idoso seja valorizado e respeitado (COMBINATO et. al., 2010; CUPERTINO, ROSA, RIBEIRO, 2007).

No âmbito do SUS, uma das possibilidades de efetivar o envelhecimento ativo e saudável é a partir da integralidade, que busca o atendimento frente a compreensão de toda dimensão do ser cuidado rumo a implementação de ações que respondam as demandas e necessidades evidenciadas, nos diferentes níveis de atenção à saúde, de forma coordenada, integrada e acessível, possibilitando a funcionalidade da Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, além da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa que assegura maior longevidade e bom estado de saúde para que a pessoa idosa possa viver mais e melhor (AZEVEDO, 2015; BRASIL, 2006).

Associado a essas possibilidades, a elaboração de estratégias de prevenção de doenças e promoção da saúde com o objetivo de alcançar um processo de envelhecimento ativo e saudável, deve ser oportunizada por uma equipe multiprofissional, que possibilite estímulo à alimentação saudável, prática corporal, atividade física e trabalho em grupo com pessoas idosas e seus familiares, com vista a uma integração social maior e queda da marginalização do idoso.

No entanto, dificuldades são evidenciadas no alcance do envelhecimento ativo e saudável, seja relacionada ao acesso a saúde por fraca qualificação profissional ou interação governamental, ou pela própria dinâmica do envelhecimento que podem associar-se a doenças crônicas, comprometimento das atividades de vida diária e sociabilização, repercutindo no fazer agir e seguir da pessoa idosa, evidenciando a necessidade de um repensar de políticas públicas que qualifiquem a saúde brasileira com estratégias para o desenvolvimento de melhor qualidade de vida ao idoso.

Referências
AZEVEDO, M. S. D. O Envelhecimento ativo e a qualidade de vida: uma revisão integrativa. 2015. 92f. Dissertação (mestrado em enfermagem comunitária). Escola Superior de Enfermagem do Porto. Porto, 2015.

BRASIL. Portaria n. 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprovada a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Diário oficial da União. Disponível em: <http://www.saudeidoso.icict.fiocruz.br/pdf/PliticaNacinaldeSaudedaPessoaIdosa.pdf>.Acesso em: 21 de junho de 2016.

COMBINATO, Denise Stefanoni et al. "Grupos de Conversa": saúde da pessoa idosa na estratégia saúde da família. Psicol. Soc. 2010, vol.22, n.3, pp.558-568.

CUPERTINO, A. P. F., ROSA, F, H. M., RIBEIRO, P. C. C. Definição de envelhecimento saudável na perspectiva de indivíduos. Idosos.Psicol. Reflex. Crit.  2007, vol.20, n.1, pp.81-86.

RELATÓRIO MUNDIAL DE ENVELHECIMENTO E SAÚDE. Genebra, 2015. Disponível em: <http://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/OMS-ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf>. Acesso em: 18 de junho de 2016.

Texto elaborado pela Acadêmica de Enfermagem Rayara Ribeiro e pela Professora Me. Fabiana Ferraz.

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