Prevenção do Câncer de Mama
O
câncer de mama é uma doença caracterizada pelo aparecimento de tumores
malignos, que podem estar localizados na mama em toda sua extensão e nos
gânglios supraclaviculares e infraclaviculares, essas células malignas tem a capacidade
de se proliferar e invadir outros órgãos do corpo. Uma boa evolução no tratamento, em alguns casos está
relacionada ao diagnóstico precoce, podendo impedir ou retardar a evolução e
desenvolvimento das células cancerígenas no corpo (INCA, 2014).
Fonte:https://ipelvis.com.br/podcast-momento-intimidade-autoexame-prevencao-cancer-de-mama/ |
O câncer
de mama, atualmente, é o segundo tipo de câncer mais acometido pelas mulheres
no Brasil, sendo mais comum apenas o câncer de pele não melanoma, é considerado
a principal causa de morte decorrente de câncer em mulheres. Segundo a
estimativa 2018 o número de casos incidentes de câncer de mama feminina no
Brasil, para 2019, foi de 59.700 (INCA, 2019).
Migowsky
et al.(2018) relata que o aumento da
incidência pode estar associado as mudanças do estilo de vida decorrente do
processo de urbanização, aliados a outros fatores de risco, incluindo a idade
avançada da primeira gestação, nuliparidade e baixa paridade, amamentar por um
curto período de tempo. O papel da mulher na sociedade moderna contribui para o
aumento da sua participação e contribuição profissional, diminuindo o tempo e
disponibilidade para seguir de forma correta a questão do aleitamento materno,
e gestação no período considerado adequado e mais seguro. Além desses fatores,
há também uma forte influencia do uso excessivo de álcool, sedentarismo pós
menopausa e excesso de peso, são agravantes para o desenvolvimento do câncer de
mama como também de muitas doenças crônicas não transmissíveis.
A
forma mais eficaz na prevenção do câncer de mama é o controle dos fatores de
risco e a realização do auto-exame, pois é a partir do auto-exame que a mulher
geralmente detecta algum nódulo, tumor e procura o serviço de saúde em busca de
um profissional capacitado (médicos ou enfermeiros) para que se possa realizar
o Exame Clínico das Mamas (ECM), relatar os achados e prescrever exames para
confirmação do diagnóstico, que geralmente é a mamografia ou ultra-sonografia
(OHL, et al., 2015).
O
ECM é realizado seguindo 4 parâmetros, inicialmente deve ser feito uma inspeção estática, que consiste na
avaliação visual das características da mama, em relação ao tamanho, se há
alguma mudança no aspecto do seio, coloração, presença de edema, os braços
deverão ficar posicionados na lateral do corpo, na posição anatômica. Logo após
deverá ser feita a inspeção dinâmica
onde é avaliado os mesmos aspectos da estática, porém observando se há
alteração ao realizar movimentos, levantar e baixar lentamente os braços e
posicioná-los na cintura exercendo força do músculo peitoral. É feito a palpação das axilas e fossas claviculares,
pois nesses locais também pode estar presente algum tumor, a palpação deve ser
feita com a ponta dos dedos na região supraclavicular, infraclavicular, oco axilar,
face umeral, face peitoral e face dorsal. E a palpação das mamas de forma unidirecional e circular, atingindo
todo o prolongamento da mama, fazendo a palpação espalmada para detectar
maiores nódulos, e palpação uniu digital em volta do mamilo para avaliar se há
saída de secreções (ELIAS et al.,
2016).
A
orientação do profissional a cerca do auto-exame é necessária para que haja uma
menor recorrência de mortes decorrentes da doença, o exame deve ser feito uma
vez por mês, de sete a dez dias após a menstruação e caso seja detectado alguma
alteração é indicado procurar um serviço de saúde para que seja realizado o ECM
e a solicitação de outros exames diagnósticos para confirmar e esclarecer o
caso. É importante ressaltar que a doença também pode acometer os homens, e por
ser menos recorrente, geralmente a atenção ao auto-exame é menor e os casos já
são detectados na forma mais avançada.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
INCA José
Alencar Gomes da Silva. A situação do câncer de mama no Brasil: síntese de
dados dos sistemas de informação. /
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro:
INCA, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/a_situacao_ca_mama_brasil_2019.pdf Acesso
em 20 de outubro de 2019.
INCA, Câncer de mama: é
preciso falar disso / Instituto Nacional
de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro, 2014.
ELIAS, S., FACINA, G.,
ARAÚJO NETO, J.T. Mastologia Condutas
Atuais. Editora: Manole, 2016.
MIGOWSKI, A. et al., Diretrizes para detecção precoce
do câncer de mama no Brasil. II – Novas recomendações nacionais, principais
evidências e controvérsias. Cad. Saúde
Pública, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v34n6/1678-4464-csp-34-06-e00074817.pdf. Acesso em: 21 de outubro de 2019.
OHL, I. C. B. , et al., Ações públicas para o controle
do câncer de mama no Brasil: revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v69n4/0034-7167-reben-69-04-0793.pdf. Acesso em 21 de outubro de 2019.
Texto elaborado pela acadêmica de enfermagem Janielle Tavares
Alves e pela Professora Mestra Maria Berenice Gomes Nascimento
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